sábado, 25 de julho de 2009

“NAVEGAR É PRECISO, VIVER NÃO É PRECISO”

Ao me deparar com esse verso, precisamente no meio de minha adolescência, algo aconteceu... Fiquei um bom tempo me perguntando como os Lusitanos poderiam navegar sem viver?
“Navegar é preciso, Viver não é preciso” me obrigou a pensar, me obrigou a indagar e criar possibilidades. Ao nos deixar sozinhos com a poesia, sem mastiga-lá por nós, o professor da 8º série (hoje 9º ano) nos fez precisar mais o entendimento das palavras e de todo um universo por trás delas. Talvez nesse momento tenha se iniciado, ou aprofundado, a inquietação que em mim existe. Inquietação que me leva a pensar sempre em outras possibilidades para tudo.
Entretanto, pensar as possibilidades trouxe à tona, por diversas vezes, a falta delas. E com isso a necessidade de compreender por que para muitos possibilidades são ecassaz ou inexistem.
As Ciências Sociais, a História, a Geografia, a Política foram caminhos que percorri (e que ainda trilho), sempre vislumbrando as possibilidades. Mas, a arte e a poesia sempre anteciparam em mim a compreensão de diversos processos. Assim, me inspirei no verso que dá título ao texto para criar esse espaço “Falar Preciso, Ouvir Imprescindível”.
Aqui pretendo ampliar e apreender mais e mais sobre o que é preciso e como criar novas possibilidades para o mundo que nos cerca. E para concretizar tal necessidade, acredito no diálogo. Para concretizar a possibilidade fértil das palavras é preciso falar, e mais do que nunca é preciso ouvir!
Hoje, todos queremos ser ouvidos. Produzimos uma infinidade de palavras estéreis, que não ressoam em ouvido algum. FALAR É PRECISO, OUVIR IMPRESCINDÍVEL é o espaço aberto e preciso para ouvir e ser ouvido.
Acredito sempre que existam outras possibilidades!